

O Governo Municipal, por meio da Secretaria de Educação
(SME), realiza a primeira etapa de capacitação sobre educação inclusiva para os
profissionais da rede municipal de ensino de São Lourenço. Ao todo serão três
etapas. A primeira aconteceu na terça-feira (22/03), a segunda acontece nesta
quinta-feira (24/03) e a terceira será na terça-feira (29/03) e ainda contou a
participação de 10 municípios vizinhos convidados do Governo Municipal
Os temas abordados pela professora Júlia Eugênia Gonçalves
com os psicopedagogos, supervisores e professores do Atendimento Educacional
Especializado (AEE) são Inteligência e Cognição, pensamento operativo e
figurativo, estágios de desenvolvimento cognitivo segundo Piaget e aprendizagem
e desenvolvimento cognitivo e afetivo.
A capacitação tem como objetivo orientar o trabalho, não só
da educação inclusiva, mas também do professor que está na sala de aula,
através da orientação das supervisoras pedagógicas, para suprir as dificuldades
dos alunos após o período de aulas remotas, durante a pandemia.
O curso vai possibilitar aos profissionais desenvolver nos
alunos capacidades como a memória, a associação de ideias, raciocínio lógico,
que são requisitos necessários para a aprendizagem deles, dentre outras.
Os alunos beneficiados não serão apenas os que possuem algum
transtorno ou deficiência, mas também aqueles que apresentam dificuldades de
aprendizado, uma vez que neste momento todos necessitam de um apoio maior para
aprender.
“Muitos alunos não tiveram a mediação do professor durante
as aulas remotas e acompanharam as atividades somente pelo material impresso.
Esses alunos voltaram para as atividades presenciais com uma defasagem grande e
precisam dessa orientação da parte do desenvolvimento cognitivo”, explicou
Helena Ferraz, coordenadora da Educação Inclusiva da SME.
Ainda de acordo com a coordenadora, a educação inclusiva faz
parte da rotina do trabalho de todas as escolas da rede municipal. Com a
pandemia e o afastamento dos alunos das escolas, foi necessário intensificar o
acompanhamento dos estudantes.
“Com a pandemia, as crianças ficaram em casa e não foram
estimuladas adequadamente pelas famílias. Por mais que a família deseje e se
preocupe em estimular as crianças, o trabalho de aprendizagem não é o mesmo
desenvolvido na escola”, disse a coordenadora.
A psicopedagoga da Escola Manoel Monteiro, Elizete Ramos,
destaca a importância da capacitação para ajudar os profissionais a desenvolverem
e motivar as crianças.
“Quando a gente trabalha a inteligência e cognição, dentro
desse vácuo de dois anos sem as crianças irem até a escola, vai ser muito
importante para gente entender onde as crianças pararam e qual alicerce que
devemos construir para motivá-las”, disse a psicopedagoga.